Os recursoso hídricos


RECURSOS Hídricos

A água é um componente essencial dos sistemas naturais e um recurso imprescindível para a vida humana e para a maioria das atividades económicas:
  •      A agricultura depende do abastecimento regular de água doce para rega, sendo que, a nível mundial, mais água consome:
  •    Na indústria, a água tem inúmeras aplicações, desde a sua incorporação nos produtos até à sua utilização nos sistemas de limpeza e de refrigeração;
  •    A agua é ainda utilizada na produção de energia, na construção e em muitas atividades de turismo e lazer, sendo também um fator de acessibilidade.

A água é um fator condicionante do desenvolvimento económico e do bem-estar social. Dai a necessidade de se adotarem politicas que garantam a sua preservação e gestão sustentável.

A água em Movimento

A atmosfera, pela sua capacidade de absorção, transporte e libertação de água, é o elemento fundamental nas transferências de água entre os oceanos e os continentes, através do ciclo hidrológico – processo de circulação contínua da água entre os oceanos, atmosfera e os continentes, por efeito da energia solar, que permite a passagem da água de um estado físico a outro.






Os factores que mais influenciam o clima português

A localização geográfica de Portugal, nas latitudes intermédias da Zona Temperada do Norte, é o principal factor do clima português, pois faz com que se conjuguem influências de várias ordens:
  •      No inverno, as baixas pressões subpolares, as massas de ar frio polar e os anticiclones de origem térmica formados sobre o continente;
  •       No verão, as altas pressões subtropicais (principalmente o anticiclone dos Açores), as massas de ar quente tropical as depressões barométricas que se formam sobre o continente:
  •         Tanto no inverno como no verão, faz-se sentir ainda a influência dos ventos de oeste.


A frente polar do hemisfério norte

Quando se encontram duas massas de ar de características diferentes que se deslocam em sentidos opostos e convergentes, forma-se uma superfície frontal – área de contato entre duas massas de ar. À intersecção da superfície frontal com a superfície terreste chama-se  frente, termo que também designa todo o conjunto.
As frentes podem ser frias ou quentes:
  •          Numa frente fria, é o ar frio que avança, introduzindo-se como uma cunha por baixo do ar quente, obrigando-o a subir;



  •          Numa frente quente, é o ar quente que avança, sobrepondo-se, gradualmente, ao ar frio.





Tipos de precipitação mais frequente
Qualquer precipitação relativamente abundante é devida a um movimento ascendente do ar. Assim, dependendo do processo que provoca a ascensão do a, podemos considerar três tipos principais de precipitação.

  1.        Precipitações frontais: precipitação provocada pelo contato entre duas massas de ar de características diferentes.
  2.        Precipitações convetivas: precipitação provocada pela subida brusca do ar devido ao intenso aquecimento da superfície da terra.
  3.     Precipitações orográficas: precipitação provocada pela subida do ar devido ao relevo


Frente oclusa
Zona de transição onde uma frente fria, ao mover-se mais depressa, ultrapassa e obstruí (impede) uma frente quente, provocando a elevação toda do ar quente.




Irregularidade temporal e espacial, da precipitação em Portugal Continental


  •          Verifica-se uma grande diferença na precipitação em Portugal ao longo do ano e de ano para ano;
  •           Em termos espaciais, o noroeste de Portugal continental é o mais pluvioso devido á barreira de condensação.
  •       Os valores mais elevados na metade ocidental a norte do Tejo.
  •     Os valores mais baixos registam-se na orla algarvia, na faixa oriental do Alentejo e o vale superior do rio douro. 



Factores que influenciam a distribuição da precipitação

A distribuição espacial da precipitação deve-se á ação simultânea de um conjunto de factores, dos quais destacam a latitude, a altitude e a disposição do relevo.



AS DISPONIBILIDADES HÍDRICAS

Os recursos hídricos disponíveis correspondem, no essencial,à agua que se encontra em circulação nos continentes, tanto à superfície  as chamadas águas superficiais( rios, lagos, lagoas e albufeiras), como em profundidade, as ditas águas subterrâneas( nascentes naturais e lençóis de agua existentes no subsolo).

Rede hidrográfica:
conjunto formado por um rio principal e por todos os seus tributários ( afluentes ou subafluentes).

A rede hidrográfica de portugal continental é dominada pelos rios ludo- espanhóis:Minho, Lima, Douro,Tejo e Guadiana.
Contudo, existem outros exclusivamente portugueses, também com grande importância, é o caso do rio Vouga, Mondego e Sado,





AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS


Uma parte da água de precipitação infiltra-se nos solos, alimentando as reservas de água subterrânea - água que circula ou se acumula no subsolo, a maior ou menor profundidade. Assim, a precipitação é a principtal fonte de abastecimento das toalhas freáticas - lençóis de água subterrânea que circulam ou se acumulam em aquíferos - formações geológicas permeáveis cujo limite inferior e, por vezes, também o superior, é constituído por rochas impermeáveis.

A existência de aquíferos, bem como as suas características  depende das formações geológicas. A maior ou menor permeabilidade das rochas condiciona a infiltração da água e a sua acumulação subterrânea:
  • as formações rochosas de xisto, granito e basalto são pouco permeáveis e dificultam a infiltração da água e a formação de aquíferos importantes;
  • as rochas sedimentares de origem detrítica, como os arenitos e as areias, são bastantes permeáveis, permitindo a infiltração da água e a formação de aquíferos;
  • as rochas sedimentares de natureza calcária ou cársica tem calcite na sua composição, substância que se dissolve na água por acção do ácido carbónico, provocando a abertura de fendas e fissuras por onde a água se infiltra. Originando-se, assim, um sistema de escoamento subterrâneo denominado toalha cársica - toalha freática em áreas de formações geológicas de natureza calcária.
As características dos aquíferos na produtividade aquífera - quantidade de água é possível extrair continuamente de um aquífero, em condições normais, sem afectar a reserva e a qualidade da água.

Em Portugal existem 4 unidade hidrogeológicas cujas características geológicas influenciam as disponibilidades hídricas, que são maiores onde as formações rochosas são mais permeáveis e porosas.


TRATAR E PRESERVAR OS RECURSOS HÍDRICOS

A par dos sistemas de drenagem e tratamento de águas residuais, outras medidas podem contribuir para a preservação dos recursos hídricos:
  • regulamentação e fiscalização do lançamento de efluentes poluidores nos cursos de água e nos solos;
  • aplicação do princípio "poluidor-pagador" - pagamento de taxas progressivas, segundo a poluição causada;
  • incentivos às empresas para a reconversão da sua tecnologia, de forma a troná-la mais ecológica, e pra tomarem iniciativas ou serem inovadores na área da preservação ambiental;
  • co-responsabilização dos diferentes agentes económicos

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